Da Coreia para o mundo: por que o K-pop se tornou fenômeno da nova geração
Nós vemos o futuro repetir o passado. Em 7 de fevereiro de 1964, o aeroporto de Nova York foi tomado por mais de 3.000 tietes dos Beatles, então nova banda de pop rock, que desembarcava pela primeira vez em solo americano para aparições na TV e turnê pelo país. O momento marcou a chamada “invasão britânica” nos Estados Unidos. Quase 54 anos depois, no dia 14 de novembro de 2017, a história se repetiu quando milhares de fãs cercaram o aeroporto LAX, em Los Angeles, para recepcionar o grupo de pop coreano BTS, que participaria da badalada premiação American Music Awards. Foi a vez da “onda coreana” (conhecida como Hallyu Wave) mostrar sua força no Ocidente.
Exagerada a comparação com os garotos de Liverpool? Não exatamente: o sucesso do BTS é tamanho que a banda se tornou a primeira, desde os Beatles, a colocar três álbuns no topo das paradas da Billboard, em 2018 e 2019. Sorte? Não para o governo sul-coreano e sua indústria fonográfica que movimenta US$ 5 bilhões anualmente. O sucesso global do K-pop, gênero conhecido pela mistura de ritmos – como pop, hip-hop, rock, eletrônico e balada –, é fruto de um trabalho que começou lá na década de 90.
Volta para 1992, quando o trio Seo Taiji & Boys chocou a Coreia do Sul ao aparecer no programa de talentos do canal MBC com a música “Nan Arayo”, com looks combinandinho, coreografia e uma atitude de boy band total (vale MUITO a pesquisa no YouTube). A apresentação foi um fiasco aos olhos do júri, mas a sorte estava lançada. “A combinação criativa do rap e do pop, as letras que questionavam a falta de liberdade de expressão, as roupas largas e os passos energéticos do hip-hop conquistaram os jovens da época, cansados do conservadorismo social e das canções patrióticas encomendadas pelo governo do ditador Park Chung-hee e seus sucessores”, explica Yoo Na Kim, sul-coreana radicada em São Paulo desde os 6 anos e diretora do Centro Cultural Hallyu, que fica no bairro paulistano do Bom Retiro e é dedicado à cultura de seu país natal.
O grupo, apelidado pela imprensa do período de New Kids on the Block, acabou em 1996, mas abriu caminho para as agências de entretenimento comercializarem o novo estilo musical dentro e fora das fronteiras. Destacam-se aí as gravadoras SM, fundada em 1995 pelo produtor musical Lee Soo-man; YG, criada em 1996 por Yang Hyun-suk (ex-Seo Taiji & Boys); e JYP, lançada por Park Jin-young, em 1997. Pode-se creditar a essas três líderes de mercado a criação da estética do K-pop moderno, baseada na estratégia “glocal” (global + local) para os idol groups (como são chamadas as bandas), que inclui nomes virais (quase sempre em acrônimos), funções para cada integrante (líder, rapper, dançarino), letras-chiclete (em coreano e inglês), mashup de gêneros na mesma música e, por fim, videoclipes superproduzidos com direito a cenários de perfume surrealista.
A Coreia do Sul transformou a cultura em mercadoria econômica, turística e diplomática. Depois da crise financeira que atingiu a Ásia em 1997, o governo decidiu investir nas artes. Até aprovou uma lei, em 1999, destinada a promovê-la. “Aí a cultura pop coreana começou a ganhar fama na Ásia, com a exportação dos doramas [dramas televisivos] para a China, primeiro país onde a Hallyu teve impacto significativo”, conta Natália Pak, coautora do livro K-pop: Manual de Sobrevivência. De lá para cá, segundo dados de 2018 da Fundação Coreana, órgão oficial do governo, estima-se que o K-style – estilo de vida coreano que inclui K-dramas, K-pop, K-beauty, games e gastronomia – tenha atingido cerca de 90 milhões de pessoas no mundo. A importância política é tão grande que, em março de 2018, o girl group de K-pop Red Velvet e a cantora Seohyun, do Girls’ Generation, se apresentaram em um evento em Pyongyang, na Coreia do Norte. Entre o público de alto escalão estava o ditador norte-coreano Kim Jong-un – vale lembrar que ambos os países vivem em estado de tensão desde a Guerra da Coreia, que durou de 1950 e 1953. “Além disso, a expansão cultural também é uma ferramenta para combater a xenofobia e o racismo antiasiático no Ocidente”, diz Yoo Na Kim.
Quer conhecer melhor o K-pop? Saiba que não são somente os neofenômenos globais BTS, BLACKPINK e TWICE que merecem espaço na sua playlist. Volte às origens com os idol groups da primeira geração, lançados entre 1992 e 2000, com destaque para o H.O.T. e seus concorrentes femininos S.E.S. e Fin.K.L. Já BoA é uma das cantoras solos mais famosas do K-pop e do J-pop. Na pegada boys e girls groups com vários integrantes, preste atenção no Super Junior e na Girls’ Generation, também conhecida como SNSD. E na contramão do machismo também presente na Coreia do Sul, sugerimos as vocalistas empoderadas CL (ex-líder do 2NE1), Hyuna (ex-4Minute) e Sunmi e bandas tipo Red Velvet e MAMAMOO que cantam sobre desigualdade de gênero, idealização da perfeição e saúde mental. Que sucesso!
Em 2012, o hit-sensação cantado por PSY levou o pop coreano ao conhecimento do globo. Ele conquistou o 1º lugar no ranking musical de mais de 30 países ocidentais e o clipe quebrou a marca de mais de 2 milhões de visualizações no YouTube – a plataforma teve até que mudar seu algoritmo depois, sabia?! O sucesso foi tanto que o Ministério da Cultura, Esportes e Turismo da Coreia do Sul concedeu ao rapper uma medalha de mérito por seus serviços prestados à cultura. Hoje, PSY comandaa própria agência, que cuida de sua carreira e de outros nomes de peso do K-pop, caso de Jessi, Crush, HyunA e o namorado dela, E’Dawne.
IDOL: Ídolo, modo como os cantores são chamados.
O sistema de fabricação de grupos lembra muito o usado pela Motown Records, gravadora americana que lançou The Supremes e The Jackson 5 nos anos 1960. Perseverança e paciência (virtudes valorizadas na Coreia do Sul) são requisitos para chegar ao estrelato
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BIAS: Termo usado pelos fãs para se referirem ao integrante preferido do grupo.
ULTIMATE BIAS: Seu membro favorito entre todos os grupos de K-pop, também chamado de utt.
SASAENG: São os fãs que perseguem seus idols 24 horas por dia e fazem de tudo para ser notados.
AEGYO: Agir de forma fofa, como os idols.
ALL-KILL: Quando o grupo fica no topo de todas as paradas musicais coreanas.
COMEBACK: No K-pop, se refere a qualquer lançamento de álbum ou single depois do primeiro.
FANDOM: Como são chamados os fãs-clubes de cada grupo.
Realizado por meio de audições ou olheiros e agentes que rodam a Ásia e o resto do mundo. SeHun, da banda EXO, por exemplo, foi descoberto num restaurante quando tinha 13 anos. “Em 2013, aconteceu a primeira audição no Brasil, a maior realizada em um país ocidental, organizada pela Pledis Entertainment (que cuida dos grupos NU’EST, After School e Hello Venus)”, conta a especialista Natália Pak.
Depois de selecionada, a pessoa se torna trainee e passa a viver em função da capacitação. Normalmente, vai morar no alojamento da empresa que a agencia e encara uma rotina árdua (às vezes, até exaustiva) de aulas de canto, dança, atuação, idiomas, atividades físicas, consultas com médicos e nutricionista e workshops. Muitos trainees passam a infância e a adolescência se preparando. É o caso da Jihyo, que entrou na gravadora JYP aos 8 anos e estreou aos 18, em 2015, no grupo TWICE.
Depois que as empresas fazem o planejamento do grupos que querem lançar, os trainees passam por avaliações que vão determinar se têm futuro como idol ou não. Eles podem começar num grupo, mas após vááárias rodadas
de avaliações acabam em outro.
Com o grupo formado, é hora de trabalhar mais um pouco para produzir músicas, videoclipes, fotos e estratégias de divulgação. Pois é, a fama não vem instantaneamente. As gravadoras investem pesado para inserir os novos idols em programas de TV, rádio, shows e eventos. Afinal, a concorrência é grande!v></font></font>